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Comandos basicos do TERMINAL Linux

Apesar da interface gráfica ser muito mais fácil de usar, é bom você ter pelo menos uma boa noção de como as coisas funcionam pelo prompt de comando. Isso vai lhe dar um domínio muito maior sobre o sistema.
Em vários pontos deste livro, sem falar de outros tipos de documentação sobre Linux, você verá receitas com longas listas de comandos que devem ser digitados para configurar ou alterar algo. Em muitos casos existe algum utilitário gráfico que permite fazer o mesmo, mas os autores geralmente preferem dar a receita de como fazer via linha de comando, pois nem todo mundo terá os utilitários à mão e muitas vezes existem diferenças entre as opções disponíveis nas diferentes distribuições. Vamos então a um guia rápido dos comandos básicos do terminal, que iremos aprofundar ao longo do livro:
Comandos básicos: Começando do básico, o comando "cd" permite navegar entre os diretórios. Ao abrir o terminal, você começa dentro do seu diretório home (como "/home/gdh") e pode acessar outros diretórios diretamente, especificando-os no comando, como em "cd /etc" ou "cd /mnt/cdrom".
Para subir um diretório use "cd .." e, para voltar ao home, digite simplesmente "cd", sem parâmetro algum. Sempre que quiser confirmar em qual diretório está, use o comando "pwd".
Em seguida temos o "ls", que serve para listar os arquivos dentro da pasta. Na maioria das distribuições, a listagem aparece colorida, permitindo diferenciar as pastas e os diferentes tipos de arquivos. As pastas aparecem em azul, os links em azul claro, os arquivos compactados em vermelho, as imagens em rosa, os executáveis em verde e os arquivos de texto e outros formatos em preto (ou em branco, de acordo com o esquema de cores usado).
Para incluir os arquivos ocultos (que no Linux começam com "."), use "ls -a". Para ver mais detalhes sobre cada arquivo, incluindo o tamanho, permissões de acesso e dono, use "ls -lh". Para incluir os ocultos, adicione o "a", como em "ls -lha". A ordem dos parâmetros não altera o resultado do comando. Tanto faz digitar "ls -lha" ou "ls -alh", você pode simplesmente decorar os parâmetros na ordem que achar mais fácil de lembrar.
Para copiar arquivos de uma pasta para outra usamos o "cp", especificando o nome do arquivo e a pasta para onde ele vai, como em "cp arquivo.zip /mnt/sda1/". Se você quiser copiar um arquivo que está em outra pasta para o diretório atual, inclua a localização completa do arquivo e em seguida o "./" (que representa o diretório atual), como em "cp /mnt/cdrom/video.avi ./".
Você pode também usar o "*" como curinga para copiar vários arquivos. Para copiar todos os arquivos da pasta atual para a pasta "/mnt/hda6", por exemplo, use "cp * /mnt/hda6".
O "cp" é por padrão um comando bastante chato e difícil de entender, já que por default ele omite pastas, altera a permissão dos arquivos e assim por diante. Um parâmetro bastante útil é o "-a", que faz com que o cp sempre copie recursivamente (ou seja, copie todos os arquivos e sub-pastas), mantenha as permissões do arquivo original e preserve os links simbólicos que encontrar pelo caminho. Em resumo, faz o cp se comportar de uma forma mais simples e lógica. Para copiar uma pasta do CD-ROM para o diretório atual, por exemplo, você poderia usar "cp -a /mnt/cdrom/musicas ./".
O cp faz par com o "mv", que serve tanto para mover quanto para renomear arquivos. Para mover o arquivo foto.png para a pasta "/mnt/hda6/", o comando seria "mv foto.png /mnt/hda6". Para renomear um arquivo, basta especificar o nome original e o novo, como em "mv antigo.txt novo.txt".
Para criar diretórios, usamos o comando "mkdir", como em "mkdir arquivos" (que cria a pasta arquivos no diretório atual) ou "mkdir /mnt/sda6/arquivos". É possível também criar pastas recursivamente (criando todas as pastas necessárias até chegar a que você pediu) adicionando o parâmetro "-p" como em "mkdir -p /mnt/hda6/arquivos/novos/2009". Mesmo que a pasta "arquivos" e a pasta "novos" não existam, elas serão criadas.
Em seguida temos o "rm", que serve tanto para remover arquivos quanto diretórios, de acordo com os parâmetros usados. Para remover um arquivo simples, basta usá-lo diretamente, como em "rm arquivo". Para que ele remova sem pedir a confirmação, adicione o parâmetro "-f", como em "rm -f arquivo". Para remover uma pasta e todos os arquivos e diretórios dentro dela, adicione o parâmetro "-r", como em "rm -rf arquivos/".
Tome cuidado ao usar o "-rf", pois ele não pede confirmação, deleta os arquivos diretamente, sem escalas. Respire fundo e verifique se realmente está deletando a pasta certa antes de confirmar o comando.
É possível também usar caracteres curingas na hora de remover arquivos. Para remover todos que possuírem a extensão ".jpg", use "rm -f *.jpg". Para remover todos os arquivos que começarem com "img", use "rm -f img*". Você pode usar também o "?" quando quiser usar o curinga para apenas um caractere específico. Se você quiser remover os arquivos "doc1.txt", "doc2.txt" e "doc3.txt", você poderia usar o comando "rm -f doc?.txt".
Temos também o comando "rmdir", uma variação do mkdir, que permite remover diretórios. A diferença entre ele e o "rm -rf" é que o rmdir só remove diretórios vazios. Acostume-se a usá-lo no lugar do "rm -rf" ao deletar uma pasta que acha que está vazia, assim você evita acidentes.
Para verificar o espaço em disco disponível, use o "df". Ele mostra o espaço disponível (assim como outras informações, incluindo a capacidade e o diretório de montagem) de cada uma das partições do sistema, incluindo pendrives e outros dispositivos de armazenamento que estejam montados. Ele faz par com o "free", que permite checar rapidamente o uso da memória RAM (ignore a primeira linha e veja diretamente a linha "-/+ buffers/cache", que mostra o uso real, descartando o usado pelo cache de disco).
Outro comando útil é o "du", que permite ver uma lista com o espaço ocupado por cada pasta dentro do diretório atual. Para facilitar, use sempre o "du -h", que exibe o tamanho dos arquivos de forma amigável, escrevendo "2,8G" ao invés de "2876322", por exemplo.
Você também pode executar uma fila de comandos de uma vez. Basta separá-los por ponto e vírgula, como em "ls; pwd" ou "cd /mnt/arquivos; ls".
Localizando arquivos e comandos: Uma maneira rápida de localizar arquivos é usar o comando "locate", que permite realizar buscas de forma quase instantânea. Para procurar um arquivo, simplesmente use "locate arquivo" (funciona também se você especificar apenas parte do nome, ou usar o asterisco para encontrar arquivos de determinadas extensões).
O locate é muito rápido, pois executa a busca dentro de uma base de dados, que é gerada ao rodar o comando "updatedb". A desvantagem dessa abordagem é que você precisa rodar o updatedb (como root) de vez em quando, a fim de incluir as últimas modificações.
Se você está procurando por um programa, experimente o comando "which", uma variante do locate que mostra apenas executáveis.
Temos também o "find", que também permite localizar arquivos, mas funciona da forma tradicional, realmente vasculhando os diretórios em busca dos arquivos. Embora seja lento ao procurar em diretórios com muitos arquivos e subdiretórios, o find é eficiente se você souber previamente onde procurar. Por exemplo, o diretório "/etc" concentra as configurações do sistema. Se você estiver procurando pelo arquivo "smb.conf" (onde é armazenada a configuração do Samba), você poderia ir direto à fonte, usando o comando "find /etc -name smb.conf".
Note que além do diretório onde ele vai procurar (/etc no exemplo), você deve usar o parâmetro "-name" antes de indicar o nome do arquivo que está procurando. Omitindo o diretório, ele simplesmente procura dentro do diretório atual. Você pode também fazer buscas por todos os arquivos com uma determinada extensão, como em "find /mnt/hda6 -name *.mp3".
Assim como outros comandos do terminal, o find pode ser usado de forma mais amigável através de ferramentas gráficas. No KDE, por exemplo, você pode usar o "kfind". Através dele você pode procurar pelo nome ou tipo de arquivo (você pode fazer uma busca incluindo apenas arquivos de imagem, por exemplo), procurar dentro de pastas específicas ou localizar arquivos pertencentes a um determinado usuário ou grupo do sistema, ou até mesmo procurar por arquivos modificados recentemente:
No GNOME, você pode utilizar o "gnome-search-tool", disponível no "Locais > Pesquisar por arquivos", que cumpre uma função similar.
Assim como no caso dos nomes de arquivos, você pode completar os comandos usando a tecla TAB, o que reduz a necessidade de realmente decorá-los. Outra dica é usar o comando "apropos" para ajudar a localizar comandos quando você tem apenas uma vaga ideia do nome. Basta chamá-lo incluindo algumas letras que façam parte do comando (não importa se do começo ou do final), como em "apropos keyg" ou "apropos ogg". Ele mostra uma lista com todos os comandos que contêm os caracteres especificados no nome, juntamente com uma pequena descrição.
Desligando: Assim como no Windows, você precisa desligar o sistema corretamente para evitar perda de arquivos e danos à estrutura das partições (sem falar em evitar o chato fsck no boot seguinte). Além das opções nos menus do KDE ou GNOME, você pode desligar via terminal, usando os comandos "halt" (desligar) e "reboot" (reiniciar). Existe também o Ctrl+Alt+Del, que se executado em um dos terminais de texto puro reinicia o micro e, se pressionado dentro do ambiente gráfico abre (na maioria das distribuições) o diálogo com as opções de desligar e reiniciar.
Informações sobre o hardware: Como comentei no tópico sobre os diretórios, a pasta "/proc" não armazena arquivos, mas sim informações sobre o hardware e sobre a configuração do sistema. Embora seja possível ver o conteúdo dos arquivos usando qualquer editor de texto (como no caso do "cat /proc/cpuinfo"), a maior parte das informações são crípticas demais para qualquer ser humano normal.
Se você quer apenas descobrir qual é o chipset da placa wireless ou da placa de som, por exemplo, pode ver uma listagem resumida do hardware da máquina usando o comando "lspci". Para os dispositivos USB (que não aparecem na lista do lspci), temos o "lsusb".
Dois outros comandos relacionados são o "lshal" (que mostra todos os componentes detectados pelo HAL, responsável por detectar o hardware e carregar os módulos apropriados) e o "lshw" que mostra uma longa lista de detalhes sobre a máquina, lembrando um pouco o gerenciador de dispositivos do Windows, porém em modo texto. Complementando, temos o clássico "uname -a", que permite verificar rapidamente qual versão do kernel está sendo usada.
Rede: O comando básico para gerenciar a configuração de rede no Linux é o "ifconfig". Quando chamado sem argumentos, ele mostra a configuração atual da rede (o que o torna uma opção rápida para verificar qual endereço IP seu PC está usando, ou se ele obteve a configuração corretamente a partir do servidor DHCP), mas ele pode ser usado também para alterar a configuração da rede rapidamente. Ao digitar "ifconfig eth0 192.168.1.2", por exemplo, você troca o endereço da placa "eth0".
Ele é complementado pelo "iwconfig", que se aplica às placas wireless. Ao chamá-lo sem argumentos, ele mostra a configuração atual, incluindo o SSID da rede, o endereço MAC do ponto de acesso, a qualidade do sinal e a velocidade atual de transmissão, mas ele pode ser usado também para configurar a rede Wi-Fi manualmente, como veremos em detalhes no capítulo sobre o Slackware.

Aprenda a instalar o novo Linux Mint 12 “Lisa”

Como é hábito da nossa parte, costumamos marcar o lançamento de algumas distribuições Linux com um pequeno tutorial com o processo de instalação. Dessa forma deixam de existir motivos para não experimentar e quem sabe ficar fã.
Depois de termos apresentado aqui as novidades do novo Linux Mint 12 “Lisa”, hoje vamos ensinar como à instalação deste sistemas operativo. Num período em que o Ubuntu tem perdido “força” devido ao Unity, o Mint lidera agora o ranking de de distribuições mais populares no site distrowatch.
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O Linux Mint é uma distribuição baseada no Ubuntu mas que apresenta de origem, um “look and feel” incomparável a outras distribuições. Para instalar o Linux Mint 12 “Lisa” procedi à criação de uma máquina virtual no virtualbox. Tal como referido aqui, o Linux Mint 12 vem com as seguintes novidades:
  • GNOME 3.2
  • MGSE
    • Suporte para um painel inferior
    • Menu de aplicações
    • Lista de janelas
    • task-centric desktop – para transição simples entre janelas
  • Linux kernel 3.0
  • Mozilla Firefox 7.0
  • Mozilla Thunderbird 7.0
  • LibreOffice 3.4;
  • LightDM como gestor de logins
  • Melhorias a nível de Artwork (imagem seguinte do Linux Mint 12 com o tema Mint-Z-Dark )
Para instalarem o Linux Mint 12 “Lisa” no VirtualBox devem seguir os seguintes passos:
Passo 0 – Download o Linux Mint (Para este tutorial escolhi a versão em CD – sem codecs. No entanto quem pretender pode fazer download  da versão DVD (com codecs).  Façam o download a partir daqui
Passo 1 – Depois do Mint 12 arrancar via CD/DVD, devem carregar em Install Linux Mint para dar inicio à instalação do sistema no disco
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Passo 2 – Indicar qual o idioma de instalação
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Passo 3 – Indicação dos pré-requisitos
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Passo 4 – O próximo menu permite o particionamento simples do nosso disco. Como estamos a usar um disco virtual, vamos escolher a opção “Apagar disco e instalar Linux Mint”.Quem pretender instalar o Mint nativamente numa partição, deve escolher a opção “Mais uma coisa
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Passo 5 – Para dar início ao processo de instalação basta carregar em Instalar Agora
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Passo 6 – O próximo passo é indicar o time zone (fuso horário)
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Passo 7 – Vamos agora escolher a disposição do teclado (layout do teclado)
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Passo 8 – Vamos agora proceder à criação de um utilizador e definição do nome da máquina. Para isso devem indicar o nome completo do utilizador, nome de utilizador (username), password e nome da máquina.
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Passo 9 – Início do processo de instalação..A instalação demorou-me cerca de 30 minutos.
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Passo 9 – Depois de instalado, basta carregar em Reiniciar agora para que o sistema arranque via disco.
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Passo 10 – Depois de ter arrancado, colocamos as credenciais de entrada criadas no passo 8
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Passo 10 – E voilá….cá estamos nós no novo e bonito Linux Mint 12.
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Passo 11 – Antes de começarem a utilizar o sistema, convém que procedam de imediato à sua actualização. Para isso basta que carreguem no ícone azul na barra superior e em seguida Instalar actualizações.
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E está feito. Vamos agora explorar melhor este fantástico sistema operativo para trazermos brevemente mais artigos. Se alguém pretender colaborar é só enviar um e-mail.



altLicença: GPL
altDownload: Linux Mint-12 (DVD) 32 bits [1 GB] | 64 bits [1 GB]
altDownload: Linux Mint-12 (CD) 32 bits [620MB] | 64 bits [634MB]
altHomepage: Linux Mint